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Influência das Redes Sociais na Saúde Mental

Redes Sociais na Saúde Mental

As mídias sociais possibilitam a conexão entre pessoas de diferentes lugares, permitindo contato com entes queridos e acesso a uma variedade de conteúdos interessantes, como informações, ensinamentos e entretenimento. Entretanto, é importante destacar que essa interação nem sempre é benéfica para a saúde mental. Os problemas de saúde mental são multicausais. Outros fatores podem gerar quadros clínicos de ansiedade, depressão, distúrbios de autoimagem, no entanto as redes podem provocar gatilhos.

Padrões ideais de imagem

Os padrões de beleza inatingíveis divulgados nas redes sociais, muitas vezes através de fotos excessivamente editadas e filtradas, têm um enorme impacto na autoestima. Isto pode ter um enorme impacto nos esforços de adaptação a eles, tais como perda de autenticidade, distúrbios alimentares e depressão. 

 As pessoas postam fotos e falam de momentos marcantes, que, geralmente, são constantemente bons. Quando consumimos muito conteúdo, principalmente quando já estamos numa fase mais difícil da nossa saúde mental, temos a impressão de que a vida de todos é muito superior à nossa.  As imagens de rostos, corpos, rotinas, trabalhos, viagens e relacionamentos perfeitos, como os retratados nas postagens, aumentam a sensação de desvalor. Isso pode levar a cobranças excessivas, o que pode resultar em situações de estresse, desmotivação e autodepreciação. 

Riscos de dependência

 Diversos estudos já comprovaram que o uso inexorável de telas afeta o funcionamento do cérebro, especialmente no que se refere aos neurotransmissores do bem-estar. Se utilizadas inadequadamente, as mídias sociais podem aumentar o nível de dependência no sistema de recompensas cerebrais. Isso acontece porque os estímulos constantes e os estímulos positivos – como curtidas, comentários e validações – estimulam a produção de dopamina, uma das moléculas responsáveis pelo prazer. O problema é que essa produção ocorre em um ritmo acelerado e com pouca demanda cerebral. Com o passar do tempo, o mundo exterior vai ficando cada vez menos capaz de gerar prazer ou motivação. As pessoas podem estar em casa, no trabalho ou no estudo, mas deixam de fazer atividades importantes para continuarem no computador, mantendo seu uso patológico. 

Através de pesquisas e estudos, foi afirmado que esses sintomas devem ser reconhecidos como um tipo de transtorno de controle de impulsos, codificado F63.9 na CID-10. O transtorno é uma categoria residual, com síndromes ainda aguardando validação – como ninfomania, hipersexualidade, dermatofilia, automutilação recorrente e os chamados vícios em tecnologia, como internet e videogames.

Cyberbullying

Muitas pessoas com dificuldades em se relacionar interpessoalmente encontram ali amigos e até mesmo vínculos emocionais, uma vez que conseguem se expressar melhor. Por outro lado, há quem abuse desta maior liberdade para difundir opiniões e comentários inadequados que prejudicam os outros. As redes sociais são um terreno fértil para o cyberbullying, ou seja, a violência psicológica e a perseguição de pessoas através da internet, o que é ainda mais grave no caso de crianças e adolescentes.

Sono prejudicado

Devido à sua grande capacidade de produzir dopamina, o hábito de acessar as redes sociais se torna um hábito. Além disso, elas causam o medo de estar perdendo algo, que é a sensação de inquietude por não ter acesso às atualizações dos feeds. Estímulos impedem o cérebro de se acalmar e relaxar. Além disso, a própria tela desempenha um papel nesse efeito, pois as luzes impedem o cérebro de entender que é noite. Portanto, reduz ou até inibe a produção de melatonina, um dos hormônios responsáveis ​​por induzir e manter o sono.

Transtornos psicológicos

A ansiedade e a depressão surgem principalmente devido à busca das pessoas por aprovação e comparação constante. Por exemplo, esperar por “curtidas” e comentários nas redes sociais pode criar um ciclo vicioso de busca de validação. O número de curtidas muitas vezes se torna uma medida de popularidade e autoestima, o que pode ter um impacto negativo na autoimagem de uma pessoa. Isso ocorre porque a falta de interação virtual pode ser interpretada como rejeição, levando a sentimentos de solidão e isolamento. Alguns fatores aumentam o risco de desenvolver transtornos de ansiedade, tanto por superestimulação, comparação com outras pessoas, quanto até mesmo por ciclos de sono prejudicados. 

Perda de interação face a face 

O vício em internet também prejudica a manutenção de relacionamentos saudáveis ​​no mundo offline. Muitas vezes as pessoas perdem oportunidades de se conectar com outras pessoas ou passam bons momentos sem conexão. Prejudicando em alguns casos o aprendizado de habilidades sociais e consequentemente gerando maior insegurança a pessoa.

Portanto, as redes sociais são importantes para estabelecer contato com pessoas distantes e etc, mas também psicólogos e psiquiatras abordam que é importante estabelecer limites saudáveis ​​à sua utilização. Compreender o impacto emocional do tempo gasto em interações online e virtuais é o primeiro passo para mitigar possíveis impactos negativos. Fazer pausas regulares nas redes sociais, promover interações presenciais significativas e concentrar-se em atividades offline também são estratégias eficazes. Também é importante refletirmos sobre quanto tempo investimos nas redes sociais e se isso é benéfico. Essa avaliação é fundamental para que possamos interagir intencionalmente com essas plataformas, priorizar conexões reais, estabelecer limites e cuidar do nosso bem-estar emocional. Isto porque a sociedade da informação capta a nossa atenção e a maior parte do nosso tempo, e exige equilíbrio para que as interações online não prejudiquem o nosso bem-estar offline.

Qual o papel do psicólogo e do psiquiatra no tratamento para queixas relacionadas ao vício em redes sociais.

O papel do psicólogo e do psiquiatra no tratamento de queixas relacionadas ao vício em redes sociais é complementar e pode variar de acordo com a abordagem terapêutica adotada e as necessidades específicas do paciente. Aqui estão algumas das funções que cada um pode desempenhar:

  1. Psicólogo:
    • Avaliação inicial: O psicólogo realiza uma avaliação detalhada das queixas do paciente, seus padrões de uso das redes sociais e os impactos negativos que isso tem em sua vida.
    • Intervenção psicoterapêutica: O psicólogo pode oferecer uma variedade de abordagens terapêuticas, como terapia cognitivo-comportamental (TCC), terapia de aceitação e compromisso (ACT) ou terapia de grupo, para ajudar o paciente a entender e mudar seus padrões de comportamento em relação ao uso das redes sociais.
    • Desenvolvimento de habilidades: O psicólogo pode ajudar o paciente a desenvolver habilidades de regulação emocional, autocontrole e resolução de problemas para lidar com o vício em redes sociais.
    • Identificação de fatores subjacentes: O psicólogo trabalha para identificar fatores emocionais, psicológicos e sociais subjacentes que contribuem para o vício em redes sociais e aborda essas questões durante o tratamento.
  2. Psiquiatra:
    • Avaliação psiquiátrica: O psiquiatra realiza uma avaliação psiquiátrica abrangente para determinar se há condições coexistentes, como transtornos de humor, ansiedade ou déficit de atenção, que podem estar contribuindo para o vício em redes sociais.
    • Prescrição de medicamentos: Em alguns casos, o psiquiatra pode prescrever medicamentos para ajudar a tratar sintomas associados ao vício em redes sociais, como ansiedade, depressão ou falta de controle de impulsos.
    • Monitoramento e ajuste do tratamento: O psiquiatra monitora de perto a resposta do paciente ao tratamento medicamentoso, faz ajustes conforme necessário e fornece apoio contínuo ao paciente durante o processo de recuperação.

É importante destacar que o tratamento ideal para o vício em redes sociais muitas vezes envolve uma abordagem multidisciplinar, que pode incluir também outros profissionais de saúde, como terapeutas ocupacionais, assistentes sociais e conselheiros de dependência química. O trabalho em equipe entre psicólogos e psiquiatras é essencial para oferecer um tratamento abrangente e eficaz para indivíduos que lutam com o vício em redes sociais.

Na Aster Psicologia e Psiquiatria Guarulhos, oferecemos tratamento humanizado, proporcionando acolhimento e escuta no tratamento desse tipo de comportamento.

Referencias:

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Patrão, I. Hubert, P.. (2016). Os comportamentos e as preferências online dos jovens portugueses: o jogo online e as redes sociais. In I. Patrão, D. Sampaio (Eds.), Dependências online: O poder das tecnologias (pp. 97-103). Portugal: Pactor.

Fortim, I; Araujo, C. Alves. Aspectos psicológicos do uso patológico de internet. Bol. – Acad. Paul. Psicol.,  São Paulo ,  v. 33, n. 85, p. 292-311, dez.  2013

Joviae, J., & Ðinðiae, N. ( 2011). Influence of dopaminergic system on internet addiction. Acta Medica Medianae, 50(1), 60-66.

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