O que é o Pensamento?
O nosso Pensamento nos faz viver melhor e sermos o que desejamos.
O que é o Pensamento? Qual a característica dos Pensamentos Automáticos?
Os pensamentos automáticos são pensamentos que ocorrem nas fronteiras da consciência de maneira espontânea e rápida e são uma interpretação imediata de qualquer situação. São diferentes do fluxo normal de pensamentos que são observados e avaliados no raciocínio ou que acontecem por livre associação. Geralmente são tomados como fatos.
Habitualmente nós não temos consciência desses pensamentos automáticos, a não ser que façamos um treino de monitoramento e os identifiquemos esses pensamentos. De acordo com Aaron Beck (2005) “é tão possível perceber um pensamento, focar nele e avaliá-lo, como é possível identificar e refletir sobre uma sensação como a dor”.
O que devo saber sobre o Pensamento e quais as respostas?
A terapia pode mudar minha forma de pensar?
Afinal como o pensamento está ligado a psicoterapia e aos psicólogos e psiquiatra.
O conceito central na Terapia Cognitivo-Comportamental é que você sente o que você pensa. Então, você pode viver mais feliz e produtivamente se pensar de forma saudável.
Tudo o que fazemos é processado pelo nosso cérebro. Em outras palavras, nós geramos pensamentos sobre todas as coisas que vivemos. Além disso, temos a capacidade não só de pensar sobre nossa realidade atual, mas também de reviver na mente os acontecimentos do passado e refletir sobre o futuro. Ainda que essas sejam capacidades incríveis, elas têm grande potencial de trazer sofrimento. Afinal, nem tudo o que pensamos é positivo e motivador. Pelo contrário, muitas pessoas têm uma visão negativa de si mesmas e de seus contextos de vivência. O problema não seria tão ruim se afetasse apenas os pensamentos. Entretanto, sabemos que o que uma pessoa pensa está diretamente ligado às suas emoções e comportamentos. Ou seja, alguém que tem uma distorção cognitiva e se vê de modo negativo, vai apresentar sentimentos como ansiedade, tristeza e frustração com mais frequência. Além disso, a pessoa também passa a se comportar de maneira disfuncional — por exemplo, se afastando dos amigos por considerar que não é querida por eles. Em geral, as distorções cognitivas estão envolvidas em contextos diversos, desde simples equívocos de interpretação até problemas mais sérios, como os transtornos alimentares.
Distorções Cognitivas do Pensamento
Catastrofização: Faz tempestade em copo de água. Faz um pequeno aspecto negativo assumir proporções bem maiores. Esse é um dos tipos de distorções cognitivas que mais causam sofrimento emocional, porque as pessoas com esse padrão estão frequentemente esperando o pior de cada situação que vivem. O nível de ansiedade de quem apresenta esses pensamentos é muito alto — a ponto de deixar de fazer várias coisas, como não andar de avião porque ele vai cair, não dar uma opinião porque vai ser humilhado etc.
Tudo ou Nada – 8 ou 80: Todas as situações que vivemos têm várias maneiras de serem interpretadas e vários caminhos a seguir. Mas isso não acontece quando essa distorção cognitiva atua. Nesse caso, a pessoa enxerga a vida somente a partir de duas ideias polarizadas — tudo ou nada, “oito ou oitenta” — ou seja, é um padrão de pensamento inflexível. Em um exemplo profissional, seria alguém dizer que se não ganhar uma promoção no trabalho é porque é um péssimo funcionário. Ou então, alguém que está fazendo uma dieta, desiste, só porque em 1 dia não conseguiu cumprir a dieta. Assim, as condições alternativas não são consideradas, como se existissem apenas duas possibilidades para concluir qualquer situação.
Leitura de Pensamentos: Quando você começa a achar que sabe o que as pessoas estão pensando. A tendência é presumir sempre coisas negativas. Então, sem qualquer dado concreto ou evidência, a pessoa infere o que alguém pensa ou sente a respeito dela. Em um exemplo prático, um profissional que não conquista uma promoção pode considerar que isso aconteceu porque o chefe o odeia — ignorando outras hipóteses prováveis para o acontecimento.
Outro exemplo clássico, que se repete no dia a dia de quem tem essa distorção cognitiva, é deduzir que os outros devem falar ou pensar mal de suas condutas.
Raciocínio Emocional: Quem sofre com essa distorção do pensamento transforma suas emoções em fatos. Por exemplo, uma pessoa que tem muito ciúmes pode considerar — apenas porque se sente assim — que seu companheiro esteja a traindo e que ela é péssima em tudo o que faz. Da mesma forma, alguém que se sente nervoso ao falar em público passa a acreditar que está se sentindo assim porque os outros não estão gostando do que ele diz. Lembre-se: Sentimentos não são fatos. Não é porque você se sente assim que isso é realmente verdade.
Generalização: Esse tipo trata de um estereótipo de pensamento que transforma um caso específico em uma regra para a vida. Diante de um acontecimento difícil, a pessoa com essa distorção generaliza a realidade e passa a acreditar que ela é uma verdade absoluta. Por exemplo, quando você não consegue passar em uma vaga de emprego, acha que nunca mais vai conseguir trabalhar.
Rotulações a si e ao próximo: Dessa forma, em vez de avaliarmos um erro — próprio ou dos outros — como algo eventual e aceitável, partimos para a definição de rótulos pejorativos, como:
“Ele é um inútil, incompetente”;
“Ela é falsa e mentirosa”;
“Eu sou um fracassado”.
Ou também, quando não conseguimos cumprir algo que havíamos planejado, passamos a nos rotular como fracassados.
Filtro Mental: Nessa outra distorção cognitiva, há uma visão predominantemente negativa sobre a vida. A pessoa foca nos acontecimentos ruins e ignora o que existe de positivo. Por exemplo, alguém que não tenha conseguido a nota que queria em uma prova pode achar que nunca foi bem nos estudos, ignorando todos os outros resultados positivos que já obteve antes.
Desqualificação do Positivo: Quando algo de bom acontece e você desqualifica. Exemplo: Quando alguém te elogia e você não acredita no elogio. Consegue um emprego e acredita que foi sorte.
Baixa Tolerância a Frustração: Quando algo parece ser difícil de ser tolerado, você interpreta como intolerável.
Personalização: Nessa distorção, a pessoa tende a atribuir culpa a si mesma nas mais diversas situações que vive. É comum que quem está nessa condição peça desculpas constantemente, ainda que não tenha toda a responsabilidade ou que o fato não seja diretamente com ela. É o caso, por exemplo, de alguém que considera que um amigo não conquistou um emprego porque ele não ajudou o suficiente.
Comparações Injustas: Essa distorção cognitiva faz com que a pessoa faça comparações irreais entre sua vida e as conquistas alheias — “ele é mais bem-sucedido que eu”, “ela conseguiu fazer aquela viagem, e eu não” — sem avaliar os caminhos que foram trilhados para chegar a tal ponto. Isso causa um sentimento de inferioridade e insatisfação com os próprios resultados.
Atribuição de culpa: Se na personalização a pessoa tende a se culpar por tudo o que acontece ao seu redor, na atribuição de culpa ocorre justamente o contrário. Nesse caso, a tendência é procurar por culpados externos e considerar as próprias falhas como responsabilidade dos outros.
De modo claro, quem sustenta esse tipo de pensamento se sente vítima das circunstâncias e, portanto, não se orienta para mudança.
Exemplos:
“Estou me sentindo mal por culpa dele”;
“Meus pais causaram todos os meus problemas”;
“As coisas dão errado para mim, porque tem muita gente torcendo contra”.