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Tratamento

TOD – Transtorno Opositor Desafiador

Terapia para Transtorno Opositor Desafiador em Guarulhos
Tratamento para TOD Transtorno Opositor Desafiante em Guarulhos.
Psicólogo e Psiquiatra tratam o Transtorno Opositivo Desafiador (TOD) em Guarulhos

Ao convivermos em sociedade, aprendemos desde quando éramos crianças que existem normas e que devemos segui-las. Tanto em casa, com a família, como na escola as regras existem para compreendermos o que pode ou não ser feito. Visto isso, existem pessoas adultos, ou mesmo crianças e adolescentes que tem resistência ao seguir regras e ordens dadas a ela. Nesse caso, pode ser o caso de TOD transtorno de oposição desafiante ou transtorno opositivo desafiador.

O que é o TOD Transtorno de Oposição Desafiante?
O Transtorno de oposição desafiante (TOD), é uma condição onde a criança ou adulto, apresenta dificuldades para seguir regras e figuras de autoridades. Nesses casos a família percebe os traços comportamentais desde a infância. Sendo necessária a busca do tratamento para manejar os comportamentos inadequados.
Em crianças, o TOD (Transtorno de oposição desafiante) é caracterizado por um comportamento persistentemente negativista, hostil, desafiador, provocativo e destrutivo, fora do espectro normal de comportamento da faixa etária e do contexto sociocultural. O TC (transtorno de conduta) é considerado um agravamento do TOD, uma vez que abrange comportamentos de violação à lei e ao direito básico dos outros (DSM-5 e CID 10). (CHALFON & RAMOS, 2021, p 277)

Quais os sintomas do TOD – Transtorno Opositor Desafiador?
De acordo com o Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), pessoas com Transtorno de conduta podem apresentar: problemas de auto controle de emoções, piromania (grande fascínio por atear fogo em objetos), violar os direitos dos outros por meio de agressão ou destruição de propriedade (objetos pessoais).
No DSM-5 temos elencados oito critérios para a realização do diagnóstico, especificando a difusão dos sintomas como um indicador de gravidade, sendo fundamental a avaliação do comportamento do indivíduo em vários contextos e, principalmente, no meio familiar e escolar. (AGOSTINI & SANTOS, 2018, p.3)
O DSM-5 classifica o Transtorno desafiador de oposição como um padrão de humor com predominância da raiva e de irritabilidade na criança, com comportamento questionador e desafiante ou com traços vingativos. Um psicólogo orienta que é preciso que a criança apresente esses sintomas e que eles tenham a duração de ao menos 6 meses. A criança precisa apresentar pelo menos 4 dos 8 sintomas citados no manual em uma relação com outro indivíduo que não seja um irmão. Ao apresentar esses sintomas é recomendado o auxílio de um psicólogo para crianças ou adolescentes.

Humor raivoso/irritável:

(1) a criança se incomoda facilmente,

(2) a criança se irrita facilmente,

(3) a criança fica com raiva e ressentido facilmente.

Comportamento questionador/desafiador:

(4) questionadora de figuras de autoridade ou adultos, no caso de ser criança,

(5) se recusa a obedecer regras e as desafia,

(6) incomoda demasiadamente as outras pessoas,

(7) não assume a culpa pelo seu comportamento e atribui a culpa a outros.

Ser vingativo/malvado:

(8) comportamento vingativo e malvado por 2 vezes nos últimos 6 meses.

Acrescenta-se que é importante analisar a frequência e a intensidade desses comportamentos da criança para se fazer uma diferenciação de um comportamento dentro do esperado para um comportamento relacionado a este transtorno opositor desafiador.
O indivíduo apresenta uma dificuldade sistemática em concordar com autoridades, consenso de grupo e regras sociais. Costuma-se apresentar comportamento de contrariar, a fim de desestabilizar o grupo, hostilizar o outro com a finalidade de desestabilizar, indignar ou magoar. Crianças com TOD se opõem às autoridades, geralmente os pais e professores, por querer ser igual a eles, na perspectiva de poder. É comum que este transtorno esteja associado com o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). TOD é classificado pelo CID-10 (Classificação Internacional de Doenças) como F 91.3
Este transtorno pode causar prejuízos diversos, por isso vale ressaltar a importancia da orientação de um psicólogo ou psiquiatra infantil para elaborar um plano e adotar uma conduta de tratamento ou até mesmo de psicoterapia. Para a criança e adolescente no ambiente escolar é comum queixas por parte dos professores em relação a comportamentos de oposição e desobediência às regras, brigas com outros colegas e por vezes comportamento vingativo. Já no ambiente familiar os cuidadores tendem a se sentirem frustrados e acham que não são competentes para lidar com os comportamentos do filho, fator esse que gera um impacto na relação familiar em relação a criança ou adolescente. Nesse caso é fato que a escola encaminhará os pais e a criança para um psicólogo.
TOD é classificado pelo CID-10 (Classificação Internacional de Doenças) como F 91.3

TRATAMENTO para o TOD Transtorno de Oposição Desafiador
Greene, Ablon e Goring (2003) abordam sobre um modelo de intervenção baseado na Terapia Cognitivo-Comportamental chamado Resolução Colaborativa de Problemas onde os objetivos da psicoterapia com psicólogo é de auxiliar os adultos a compreenderem os comportamentos entre adulto – criança que colaboram para que os comportamentos de oposição ocorram, estratégias para lidar com as frustrações frente aos comportamentos da criança, a determinação da vontade do adulto, como lidar com expectativas não atendidas de maneira assertiva. O foco é resolver possíveis situações discordantes entre pais e filhos.
Existe também uma outra modalidade da Terapia Cognitivo-Comportamental, onde psicólogos atuam com o chamado Treinamento de Manejo Parental comumente mais aplicada em processo de psicoterapia e tem como objetivo modificar o comportamento da criança por meio da alteração na forma dos pais lidarem com a criança, esta terapia se mostrou eficaz para crianças com comportamentos opositores e desafiadores e para melhoria no clima familiar. No entanto, condições com TOD como comorbidade por exemplo, crianças com TDAH e dependendo da idade da criança podem ter um efeito negativo na terapia (SERRA-PINHEIRO, SCHMITZ, MATTOS e SOUZA, 2004) nesses casos geralmente se sugere um trabalho inicial com um médico psiquiatra infantil antes de se iniciar a terapia para a criança ou adolescente com o auxílio de um psicólogo.

O Transtorno opositivo desafiador é exclusivo de crianças e adolescentes?
Não, apesar de ser mais comum em crianças, os psicólogos sabem que adultos podem ter, mas quase não existe pesquisas científicas voltadas para adultos.

Outros comportamentos relacionados ao Transtorno Opositivo Desafiador, são:

Perder calma com facilidade;

Baixa tolerância a frustações;

Facilmente incomodado;

Questionar figuras de autoridade;

Recusar-se a obedecer às regras (cuidadores, professores e supervisores de trabalho).

Culpar os outros por seus erros ou mau comportamento.

Quais os subtipos ou as classificações para o Transtorno Opositivo Desafiador?
Esse transtorno pode ser classificado em, leve (onde os sintomas são presentes em alguns ambientes), moderada ( onde os sintomas são presentes em pelo menos dois ambientes) e grave: sintomas são presentes em três ou mais ambientes).
Outros diagnósticos relacionados a essa condição, são: transtorno de conduta, transtorno disruptivo, do controle de impulsos ou da conduta e transtorno explosivo intermitente.

Qual o tratamento para o Transtorno Opositor Desafiador?
Em relação ao tratamento, fazem-se necessária a intervenção de psicoterapia com psicólogo em Guarulhos e até mesmo ajuda psiquiátrica, para fechamento de diagnóstico e conduta medicamentosa.
No caso da psiquiatria, a consulta está voltada as questões de funcionamento cerebral, referente ao controle dos impulsos, para obter melhora nos comportamentos disruptivos ou inadequados.
No tratamento do TDO, conforme afirma Teixeira (2014), é comprovada a eficácia de alguns medicamentos, segundo estudos científicos realizados nessa área. O foco de atuação desses medicamentos está relacionado à diminuição dos sintomas de impulsividade, raiva e agressividade, característicos do transtorno. O autor alerta, porém, que tais medicamentos atuam como paliativos, aliviando alguns desses sintomas e proporcionando uma melhora do quadro comportamental da criança com o TDO. Essa melhora desemboca em um aumento da qualidade de vida não só da criança, como também da família e de outras pessoas com as quais o paciente interage. (TEIXEIRA, 2014, apud, AGOSTINI & SANTOS, 2018 p.24)

Como a psicologia e psiquiatria tratam com essa questão do Transtorno Opositor Desafiador?
Ao entender que a família é a que mais enfrenta os desafios dos comportamentos indevidos, a psicologia pode contribuir para a psicoeducação parental. Sendo essa, uma orientação para prevenir e manejar os comportamentos, assim como controlar as consequências dos comportamentos.

A utilização da psicoeducação familiar tem por finalidade promover informações e orientações quanto ao curso e diagnóstico do transtorno, inclusive quanto às características sintomatológicas e aos métodos de tratamento, proporcionando debates sobre estratégias a serem adotadas pelos familiares no sentido de como lidar com a criança com um TDO (transtorno desafiante opositor). (TEIXEIRA, 2014, apud, AGOSTINI & SANTOS, 2018 p.22)
O manejo do comportamento e adequação às regras sociais, por meio da terapia cognitivo comportamental, permite que o indivíduo possa socializar de forma mais adequada, promovendo, assim melhores condições para o seu desenvolvimento pessoal e profissional.
Assim, torna-se imprescindível o controle preventivo do transtorno, para impedir que a sua evolução venha a se manifestar. É importante que o profissional da Psicologia domine o conhecimento de todo o processo dimensional e funcional do TDO, para que as devidas intervenções sejam realizadas. Caso contrário, haverá, consequentemente, um quadro de prognóstico desfavorável para o indivíduo. É importante também ressaltar que, como os comportamentos de oposição encontram-se geralmente associados ao curso do desenvolvimento normal da criança, conforme enfatiza a literatura sobre este tópico, é necessária a efetivação de uma avaliação minuciosa e diagnóstico diferencial, para fins da aplicação de intervenções adequadas. (AGOSTINI & SANTOS, 2018, p. 25)

Referências bibliográficas
CHALFON, Mariana Simão Taliba; RAMOS, Denise Gimenez. A terapia de sandplay com crianças com sintomas de transtorno opositivo desafiador e transtorno da conduta. Bol. – Acad. Paul. Psicol., São Paulo , v. 41, n. 101, p. 276-290, dez. 2021 . Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415711X2021000200014&lng=pt&nrm=iso>.

AGOSTINI, Vera Lúcia Miranda Lima e SANTOS, Wenner Daniele Venâncio dos. Transtorno desafiador de oposição
e suas comorbidades: um desafio da infância à adolescência. Psicologia.pt, São Paulo, 2018. Disponível em < Transtorno desafiador de oposição e suas comorbidades: um desafio da infância à adolescência (psicologia.pt)>

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