Essa versão do Big Brother Brasil parece um pouco mais liberal que as versões exibidas anteriormente. Áudios acalorados não são mais segredos e estão ali pra quem quiser ouvir. Trocas de carícias, pegadas apimentadas, palavras íntimas são proferidas sem preocupação, algumas por vários dos participantes do BBB 23, como se não houvesse o amanhã.
Pegação sem o famoso edredon do BBB tem acontecido e aguçado a curiosidade dos telespectadores. Mas como assim? Sim, cenas explícitas dos brothers se tocando, se beijando de forma acalorada tem sido presenciada por quem acompanha o payper view e até mesmo em chamadas nas redes sociais ou sites de fofoca pela internet.
Será esse liberalismo todo que a nossa sociedade projeta para sí? Será que as pessoas querem realmente ver isso? Ou será que ainda vale mais a pena o imaginar do que possa estar rolando por debaixo do edredon, a ser visto pelas pessoas de forma, sem filtro e de maneira clara, o que acontece com os casais que se formam ali no cenário do reallity show.
Temas antes abordados como tabús hoje são tratados com naturalidade. Timidez? Recatamento? Troca de olhares, paquera, amor platônico são coisas que não se vêem mais ao se presenciar essas cenas. E qual o olhar da psicologia e dos profissionais da saúde mental para essa nova realidade? Seria importante termos um elemento de senso crítico e senso comum para filtrar aquilo que nós realmente queremos ver na tv nos dias de hoje. Verdade é que não há mais certo ou errado aos olhos da sociedade em nossos dias, no entanto, é que cada indivíduo traga para sí o que lhe apraz ou não em circunstâncias como essas. Que as famílias e os casais discutam entre sí e os seus filhos o que deve ou não ser considerado ao se consumir conteúdos assim.
Não é apenas sobre a educação dos filhos que estamos nos referindo, mas também a vida do casal e da família, para que haja um equilíbrio e que uma psicoeducação seja estabelecida no seio das famílias e da nossa sociedade.